No decorrer da semana, o volume negociado ficou abaixo da média. Os eventos que mais influenciaram o mercado agrícola foram:
-Clima favorável no Meio-Oeste americano.
-Expectativa recorde da safra de milho Brasileira.
-Atrasada, a colheita do milho safrinha no Brasil apresenta boa produtividade inicial, pressionando fortemente os preços no mercado interno.
Em relação ao ajuste da última sexta-feira (20/06), soja julho caiu 40 ¼ centavos, milho julho caiu 11 ¼ centavos e o trigo julho caiu 43 centavos.
COMENTÁRIO MID-DAY DE 27/06/25
Commodities agrícolas encerraram o último pregão da semana em alta em CBOT. O milho fechou em alta, em movimento de correção após atingir mínimas contratuais ao longo da semana. Apesar do clima favorável e da ampla área cultivada manterem as expectativas de uma safra volumosa nos EUA, o ajuste técnico favoreceu a recuperação dos preços. A soja também encerrou em alta, apoiada pelo sentimento positivo do mercado frente ao novo acordo EUA-CHINA. O trigo também fechou o dia em alta, com o alívio das tensões no Oriente Médio. O foco volta para o avanço da colheita nas Planícies americanas e para a confortável oferta global.
Os traders agora concentram suas atenções nos relatórios do USDA sobre área plantada e estoques trimestrais de grãos, previstos para divulgação na próxima segunda-feira (30), com potencial de influenciar significativamente o rumo dos preços em CBOT.
Segundo Howard Lutnick, o presidente Donald Trump está pronto para concluir até 10 acordos comerciais nas próximas semanas, com foco em abrir mercados estratégicos como o da Índia. Apesar de não haver um prazo rígido, a Casa Branca ressaltou que Trump mantém autoridade para impor tarifas caso os parceiros comerciais não apresentem propostas satisfatórias.
A União Europeia avalia reduzir tarifas e ampliar importações dos EUA, como gás natural liquefeito, para fechar rapidamente um acordo comercial com o presidente Trump antes do prazo de 9 de julho. A proposta visa evitar tarifas mais severas dos EUA e proteger setores estratégicos da UE, como o automotivo e o siderúrgico. No entanto, há divisões internas no bloco sobre concessões às exigências americanas, especialmente em temas regulatórios. Paralelamente, a UE prepara contramedidas tarifárias de até US$ 102 bilhões, caso as negociações fracassem.
O plantio de trigo na Argentina avançou 12,4 p.p. na semana e atingiu 72,7% da área estimada de 6,7 milhões de hectares, superando em 4,1 p.p. o ritmo registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O clima seco favoreceu os trabalhos em regiões antes prejudicadas pelo excesso de umidade, como o Núcleo Sul e o Centro de Buenos Aires.
A Statistics Canada divulgou nesta manhã as estimativas de área plantada do país para 2025, com expectativas do mercado apontando 19,2 milhões de acres de trigo de primavera, 300 mil a mais que no ano anterior, mas 200 mil abaixo das intenções de março. Para a canola, a projeção é de 21,7 milhões de acres, uma redução anual de 300 mil acres, embora ligeiramente acima do previsto na primavera.
Segundo relatório de transporte de grãos do USDA, as barcaças dos EUA movimentaram 759,7 mil toneladas de grãos ao longo da semana encerrada dia 21/06, o que representa um aumento de 4% entre semanas e 81% a mais do que o mesmo período no ano anterior. O custo do frete em St Louis foi em média U$13,33/tonelada, uma aumento frente aos U$12,53/tonelada da semana anterior. As ferrovias movimentaram 24.672 vagões graneleiros ao longo da semana encerrada dia 14/06, quantidade 2% acima da semana anterior e 14% acima da média de 3 anos para o período. Na região do golfo foram embarcados 21 navios graneleiros ao longo da semana encerrada dia 19/06, um aumento de 17% frente ao mesmo período do ano passado.
A atualização desta tarde do modelo GFS indica de modo geral, para os próximos 10 dias nos EUA, acumulados leves se estendendo do noroeste do Texas até Michigan, abrangendo também parte das Dakotas. Acumulados moderados são previstos para a região do Delta, além de Minnesota, Iowa, Wisconsin e, de forma localizada, em Illinois, Indiana, Missouri, Arkansas e Tennessee