Commodities agrícolas em forte alta, com o mercado ponderando a queda bem maior do que o esperado das condições de lavouras dos EUA. Os contratos de Soja lideram o movimento de alta, com o Farelo também apresentando alta significativa.
A única exceção do dia é o Óleo de Soja, que está em limite de baixa, uma vez que o EPA anunciou um aumento de 7% nos Combustíveis Renováveis Obrigatórios (RVO, na sigla em inglês), enquanto o mercado esperava um incremento significativamente maior.
O relatório do Crop Progress, divulgado ontem (20), apontou uma queda de 6 pontos percentuais (p.p.) nas condições boas/excelentes do milho 23/24 indo para 55%.O mercado esperava as condições em 58%. Este é o menor nível da respectiva semana desde 1992.As condições boas/excelentes da soja caíram 5 p.p., indo para 54%,e ficando 3 pontos abaixo da projeção do mercado.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê que o volume do comércio mundial de mercadorias irá recuar para 1,7% em 2023, após um crescimento de 2,7% em 2022. As taxas de crescimento do volume exportado previstas para outras regiões em 2023 são: América do Norte (3,3%); Comunidade dos Estados Independentes (2,8%); Ásia (2,5%); Europa (1,8%); Oriente Médio (0,9) e África, queda de 1,4%. Para a América do Sul, o crescimento passa de 1,9% (2022) para 0,3% (2023). O Brasil está na 26ª posição entre os 30 principais exportadores mundiais em 2022, participando de 1,3% das exportações mundiais. Nesse contexto, segundo reportagem da FGV, a previsão do crescimento do volume exportado na região é fortemente influenciada pelo desempenho do Brasil, entretanto, os resultados sugerem que a previsão de piora da OMC para a região não deverá se aplicar ao Brasil.