Commodities agrícolas fecham em baixa em CBOT, com a Soja liderando e puxando as demais commodities.
Os futuros de Soja despencaram hoje, com os players considerando a possível grande safra da América do Sul, demanda fraca por parte da China, devido as questões da Covid, alta do Dólar frente ao Real, e os rumores que voltaram a circular sobre um novo programa por parte da Argentina para fixar câmbio de exportações de Soja e Milho.
Até o momento nenhuma informação oficial foi divulgada pelo governo argentino, mas vale lembrar que a China foi uma forte compradora da Soja argentina em setembro, quando o governo determinou um câmbio fixo para o grão.
As incertezas do mercado frente as políticas do novo governo eleito no Brasil levaram a Ibovespa a uma forte baixa. O Lula, presidente eleito, em seu último discurso indicou que irá resgatar a dívida social com os brasileiros mais pobres, possivelmente retirando algumas despesas governamentais do teto de gastos, sugerindo sacrificar a responsabilidade fiscal, quando uma coisa não precisa e não pode excluir a outra.
O mercado também foi pressionado pelo otimismo em relação a renovação do acordo de exportação do Mar Negro. De maneira simultânea, os players digerem as novas estimativas da safra de Trigo da Argentina, com a Bolsa de Rosário estimando a safra em 11,8 mi tons, contra os 13,7 mi tons anteriores, e a Bolsa de Buenos Aires estimando em 12,4 mi tons, contra 14 mi tons.
A Bolsa de Cereales de Buenos Aires divulgou hoje seu Relatório do Estado e Condições de Cultivo do país. O órgão indica que o plantio de Milho já alcançou 23,4%, um pequeno avanço de 0,5%. As condições do cultivo são: Ruins 34%, contra 38%; normais 57%, contra 56%; Boas 9%, contra 6%; E as condições hídricas: Regular/seca 42%, contra 39%; Ótima 58%, contra 61%.
Em relação ao Trigo 22/23 argentino, a Bolsa não indicou nenhum dado referente ao avanço da colheita. As condições do cereal se encontram em: Ruins 57%, contra 54%; Normais 37%, contra 38%; Boas 8%, contra 9%; A condição hídrica: Regular/seca 50%, contra 46%; Ótima 50%, contra 54%. A Bolsa de Buenos Aires reduziu sua previsão de produção para 12,4 mi tons, contra a previsão anterior de 14 mi tons.