Mercados agrícolas mistos nesta manhã. O mercado dá sequência ao seu movimento técnico de correção, porém, focado no clima para a conclusão da safra de soja no Meio-Oeste americano, principalmente depois dos últimos números do Pro Farmer Crop Tour de 168,1 BPA de milho e ao potencial para uma safra recorde de soja nos EUA com um rendimento de 51,7 BPA e uma expansão de 500 mil em acres colhidos.
O modelo de previsão climática GFS indica clima predominantemente seco, com somente chuvas pontuais no nordeste de Illinois, leste do Kansas, nordeste de Oklahoma,do centro até o sudeste do Missouri. O modelo Europeu, por sua vez, indica chuvas mais abrangentes, com leves acumulados previstos para Indiana, Illinois, sul de Wisconsin, leste de Iowa, Missouri, Arkansas, oeste do Kentucky e do Tennessee.
Ontem iniciamos o Crop Tour do Grupo Labhoro, em parceria com o canal Notícias Agrícolas, através dos EUA e Canadá. Nossa comitiva desembarcou em Chicago a tarde, iniciando sua viagem pela rodovia 20 através do norte de Indiana, passando em Fort Wayne e terminando o dia em Dayton (no oeste de Ohio). Foram observadas boas condições na maioria das lavouras de Milho e Soja, entretanto, a oleaginosa necessita de chuvas ao longo dos próximos dias para manter bons índices de produtividade, visto que a maioria dos campos estão na fase de formação de vagens.
Hoje o grupo irá viajar pela rodovia 40, passando por Indianápolis (no sul de Indiana) e pelo centro-sul de Illinois, terminando o dia em Saint Louis.
As cotações do milho estão firmes no Brasil, de acordo com dados do CEPEA. O Indicador registrou elevação de 1,75% de 19 a 26 de agosto nas cotações.
A alta externa, o prêmio de exportação elevado e a retração de produtores em comercializar o remanescente da safra 2021/22 no Brasil fizeram com que os preços da soja reagissem na semana passada. Além disso, segundo pesquisadores do CEPEA, a maior demanda internacional, sobretudo, da China, aqueceu a disputa pela soja com agentes nacionais. Os Indicadores da soja registraram aumentos de 2,46% e de 2,3% nas cotações, entre 19 e de 26 de agosto.
Vários países da OPEP+ expressaram apoio a fala do ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdul-Aziz bin Salman, na qual ele afirmou que o cartel tem flexibilidade e compromisso para cortar os níveis de produção do petróleo, visando controlar os preços caso necessário. A Platts Analytics disse que os comentários de bin Salman sinalizam um provável corte caso os EUA cheguem a um acordo nuclear com o Irã, permitindo que o retorno da produção e exportação petrolífera iraniana.