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O Supply & Demand, divulgado hoje, apresentou um viés altista para a soja, baixista para o milho e neutro para o trigo, apesar disso foi pressionado pelo milho. Antes da divulgação, o mercado operava em queda, com a soja registrando forte baixa. Após a publicação dos números, a soja setembro chegou a subir 22 centavos, atingindo uma máxima de U$ 10,1475, enquanto milho e trigo, recuaram mais de 10 centavos, atingindo mínimas de US$ 3,6875 e US$ 5,0325, respectivamente. Apesar do aumento recorde na produtividade da soja, a redução de 2,5 milhões de ha na área plantada resultou em queda de 43 milhões de bushels na produção, fator que está sustentando a reação positiva da oleaginosa nas cotações.
Outro destaque do relatório foi o aumento expressivo de 10,456 milhões TM nos estoques finais mundiais de milho da safra 2025/26 em relação ao relatório anterior. Os números detalhados estão nas últimas páginas deste relatório.
O USDA promoveu ajustes nas projeções para a safra 25/26. Para a soja, os estoques de passagem foram reduzidos para 330 milhões de bushels, abaixo do mês anterior que era de 350 milhões. A área plantada ficou em 80,9 milhões de acres, uma redução de 2,5 milhões de acres frente ao relatório de julho. A produtividade foi estimada em 53,6 bushels por acre, com produção total projetada em 4,29 bilhões de bushels, abaixo dos 4,36 bilhões esperados, apesar do aumento da produtividade. Por fim, os estoques finais diminuíram para 290 milhões de bu, frente aos 310 milhões do relatório anterior e dos 359 milhões de bu das expectativas.
No caso do milho, os estoques de passagem 25/26 foram reduzidos em 35 milhões de bushels, para 1,305 bilhão, abaixo dos 1,318 bilhão previstos. A área plantada foi estimada em 97,3 milhões de acres, com um incremento de 2,10 milhões de acres frente ao relatório de julho. A produtividade foi aumentada para 188,8 bu/acre, um recorde para o país, resultando em um amento de 7,8 bu/acre. A produção total aumentou expressivamente para 16,7 bilhões de bushels, acima das expectativas de 15,979 bilhões e dos 15,705 bilhões do relatório anterior. Os estoques finais aumentaram para 2,117 bilhão de bushels, 201 milhões acima das estimativas e 457 milhões acima do último relatório.
Em relação ao trigo 25/26 dos EUA o relatório foi neutro. O órgão manteve os estoques de passagem em 851 milhões de bushels, em linha com as expectativas do mercado. A área plantada foi levemente reduzida para 45,4 milhões de acres, frente aos 45,5 do relatório de julho. A produtividade foi aumentada para 52,7 bu/acre, frente aos 52,6 do relatório anterior. A produção foi projetada em 1,927 bilhão de bu, levemente abaixo do último relatório de 1,929 bilhões, mas acima das expectativas de mercado de 1,925 bilhões. Já os estoques finais da nova safra foram reportados em 869 milhões de bu, abaixo das expectativas, que indicavam 885 milhões, e do número anterior de 890 milhões.
Quanto a produção do Brasil, o órgão manteve a estimativa de produção de soja para a safra 2024/25 em 169 milhões de TM, levemente abaixo da expectativa do mercado, que era de 169,6 milhões TM. Para 2025/26, a projeção seguiu em 175 milhões TM, sem alterações em relação ao relatório anterior. Os estoques finais da nova safra foram mantidos em 396 milhões TM.
Para o milho, a estimativa da safra 24/25 foi mantida em 132 milhões, porém foi abaixo das expectativas de 133 milhões TM. Para 2025/26, o número ficou inalterado em 131 milhões TM. Os estoques finais também foram mantidos em 3,59 milhões TM na safra 25/26.
Em relação ao trigo, a estimativa de produção para a safra 2024/25 foi mantida em 7,89 milhões TM, porém para a safra 2025/26 a produção foi reduzida de 8 milhões para 7,5 milhões TM. Os estoques finais da safra nova foram mantidos 2,08 milhão TM.
Na Argentina, a produção de soja para a safra 2024/25 teve um aumento de 1 milhão TM para em 50,9 milhões, acima das expectativas de 50 milhões de TM. Para a safra 2025/26, a produção foi mantida em 48,5 milhões de TM, com estoques finais estimados em 24,65 milhões de TM, levemente abaixo do relatório de julho, que eram de 24,95 milhões TM.
Já para o milho argentino para a safra 24/25 permaneceu em 50 milhões TM. Para 2025/26, a produção estimada é de 53 milhões de TM. Quanto ao trigo, a produção da safra 2024/25 permaneceu em 18,54 milhões de TM, e a previsão para a safra 2025/26 foi reduzida para 19,7 milhões de TM, frente aos 20 milhões do relatório anterior.
Os estoques finais globais de soja 24/25 foram levemente aumentados, com os estoques finais da safra 24/25 estimados em 125,19 milhões de TM, frente aos 125,12 milhões do relatório anterior e acima das projeções de 125,00. Os estoques finais globais da safra 25/26 de soja são estimados em 124,9 milhões de TM, 1,17 milhões abaixo do último dado e acima das projeções de 127,90 milhões de TM.
Em relação ao milho, os estoques finais globais da safra velha estão em 283,11 milhões de TM, contra 284,18 milhões do último relatório e 286,60 milhões estimados pelo mercado. Para a safra nova os estoques finais globais de milho estão em 282,54 milhões de TM, um aumento significativo de 10,46 milhões TM frente ao último relatório. O mercado projetava um aumento dos estoques para 279,10 milhões de TM.
Os estoques finais globais de trigo da safra velha estão estimados em 262,70 milhões de TM, abaixo dos 263,59 milhões do último relatório e dos 276,10 milhões projetados pelo mercado. Para a safra nova o relatório aponta os estoques finais globais em 260,08 milhões, um cortes frente aos 261,52 milhões do último relatório, contrariando o mercado que esperava um aumento dos estoques para 261,80 milhões.
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