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O mercado agrícola encerrou o pregão misto em CBOT nesta quarta-feira, após um dia de pouca volatilidade, com soja fechando em alta, diante da possibilidade de os EUA reduzirem tarifas sobre a China como parte das negociações comerciais. Já o milho se ajustou em leve baixa, sofrendo pressão devido ao ritmo acelerado de plantio e às expectativas de maior área cultivada. O trigo assim como o milho, fechou em baixa, pressionado pelo clima favorável nas regiões de cultivo.
O governo Trump está considerando reduzir tarifas sobre importações chinesas como parte de possíveis negociações com Pequim, visando reduzir as tensões comerciais, segundo fontes. Embora nenhuma decisão final tenha sido tomada, as opções incluem uma estrutura tarifária escalonada e cortes para níveis entre 50% e 65%. As discussões ocorrem em meio ao otimismo dos investidores e à alta do mercado, impulsionados por declarações recentes de Trump sugerindo abertura para um acordo. A Casa Branca ainda não se pronunciou, e as tratativas permanecem em fase inicial.
Em nossa opinião, a redução das tarifas da China de 145% para 60 a 70% teria impacto limitado nas vendas agrícolas dos Estados Unidos para o país asiático. Para que a China volte a importar soja dos Estados Unidos, as tarifas precisariam cair para 20% ou menos, o que é improvável sem um acordo comercial mais abrangente.
A produção de trigo da Ucrânia em 2025/26 permanece estimada em 19,9 milhões TM, sem alterações, apesar do risco de seca persistente. Excluindo Crimeia e regiões ocupadas, a estimativa é de 18,8 milhões TM. As últimas semanas foram marcadas por clima quente e úmido, com até 28 mm acima da média, o que melhorou a umidade do solo no leste, mas as principais regiões produtoras ainda precisam de mais chuvas. A previsão indica clima seco e frio nas próximas duas semanas, exigindo monitoramento contínuo.
O comissário de Economia e Indústria da UE, Valdis Dombrovskis, afirmou que espera concluir em breve o acordo com o Mercosul, destacando a dificuldade das negociações e sugerindo que a ascensão do governo Trump nos EUA pode impulsionar a conclusão. Ele ressaltou a previsibilidade da UE como vantagem comercial e citou oportunidades diante do cenário global incerto, incluindo negociações com a Índia e ampliação de acordos de livre comércio.
O USDA anunciou US$ 340,6 milhões em assistência a agricultores e comunidades rurais afetadas por desastres naturais, com recursos do Fundo de Assistência a Desastres. A Carolina do Norte receberá US$ 25 milhões e o Tennessee, US$ 18 milhões, destinados a áreas atingidas por furacões desde 2022. Os recursos contemplam US$ 20 milhões para infraestrutura essencial e US$ 15,6 milhões para reconstrução rural. Segundo a administração Trump, melhorias no fundo visam reduzir a burocracia e agilizar o atendimento, dispensando critérios como exigências de renda.
Segundo o Wall Street Journal, os EUA pressionarão o Reino Unido a flexibilizar regras sobre importações agrícolas, incluindo carne bovina, nas negociações comerciais em preparação. Washington também buscará reduzir tarifas britânicas sobre produtos americanos, como a taxa automotiva de 10% para 2,5%, além de revisar regras de origem.
As exportações de milho da Argentina devem alcançar 37 milhões TM em 2025/26, o terceiro maior volume já registrado, segundo o adido do USDA em Buenos Aires. A produção crescerá para em torno de 54 milhões TM, a quarta maior da história, com área plantada aumentando 13%, para 7,2 milhões ha. Em 2024/25, a semeadura caiu devido ao surto de nanismo no milho. Os principais destinos das exportações são Vietnã, Peru, Malásia, Coreia do Sul, Chile e Arábia Saudita.
A atualização do modelo GFS nesta tarde, indica de modo geral para os próximos 10 dias nos EUA, acumulados leves a moderados na região sul do Corn Belt e na região do Delta, com volumes mais intensos previstos para Oklahoma. No centro-norte do meio-oeste e em locais pontuais nas planícies americanas, a expectativa é de chuvas mais leves.
FECHAMENTO:
Os estoques de petróleo bruto nos EUA apresentaram aumento de 244 mil barris na última semana, apontam dados do EIA. O número vem bem abaixo das projeções de mercado que previam aumento de 1,6 milhões de barris. Com isso os estoques ficam em 443,1 milhões de barris, 5% abaixo da média de 5 anos para o período. Os estoques de gasolina cairam 4,5 milhões de barris, ficando 3% abaixo da média de 5 anos para o período. Os estoques de combustível destilado cairam 2,4 milhões de barris entre semanas, ficando 13% abaixo da média de 5 anos para o período.
As vendas de novas moradias unifamiliares nos EUA subiram 7,4% em março, para 724 mil unidades anuais, impulsionadas pela queda temporária das taxas de hipoteca. No entanto, o cenário econômico incerto, com temores de baixo crescimento e alta inflação, representa um obstáculo à recuperação do setor. A taxa média da hipoteca de 30 anos caiu para 6,65% em março, mas voltou a subir em abril, alcançando 6,83%.
Dados do Livro Bege do Federal Reserve, divulgado na tarde de hoje com dados do período anterior a 15/04, apontam uma piora significativa nas perspectivas econômicas em diversos distritos do Fed, devido à incerteza generalizada em relação à política comercial internacional, especialmente sobre tarifas. Mais regiões relataram quedas no emprego em comparação ao relatório anterior, com muitas empresas adiando contratações ou se preparando para demissões. O consumo de bens não automotivos enfraqueceu, embora as vendas de veículos tenham aumentado temporariamente devido à antecipação de compras antes da aplicação de tarifas. Viagens de lazer e negócios diminuíram. Empresas de vários setores pausaram decisões importantes, com destaque para a redução de investimentos no distrito de Nova York.
No momento (16:34)
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