As commodities agrícolas encerraram a terça-feira em baixa em CBOT, com a soja revertendo os ganhos da manhã e fechando em forte queda diante da ausência de confirmação pelo USDA de novas vendas à China, enquanto o milho recuou levemente, o trigo acompanhou a soja sob influência da maior probabilidade de cessar-fogo no Mar Negro.
Segundo o SEAB/DERAL, as lavouras de soja do Paraná apresentam 89% da área em boas condições, com leve recuo semanal, enquanto as chuvas recentes favoreceram a recuperação de áreas afetadas por déficit hídrico, ao passo que o milho de primeira safra manteve estabilidade nas condições, com clima favorável sustentando expectativas positivas para o desenvolvimento da safra.
O Ministério da Agricultura da França projeta aumento da área plantada de trigo mole de inverno em 2,3% para a safra 2026, avanço de 6,4% na colza de inverno e crescimento da cevada de inverno, além de leve recuperação do trigo duro, enquanto a estimativa de produção de milho grão da safra atual foi elevada para 13,60 milhões TM, ainda abaixo do volume do ano anterior.
De acordo com a Bolsa de Cereales, o resfriamento do Pacífico Equatorial levou a Argentina a um cenário de La Niña fraca, com excelente potencial produtivo para a safra 2025/26, mas com riscos climáticos relevantes ao longo do ciclo, incluindo frios tardios, tempestades localizadas e um período seco e quente no fim da primavera e início do verão, exigindo manejo cuidadoso das lavouras.
As importações de trigo do Egito recuaram 17% em 2025 na comparação anual, segundo o ministro do Abastecimento, Sherif Farouk, em razão do aumento das compras no mercado interno, que alcançaram 4 milhões TM e permitiram redução de US$ 230 milhões a US$ 250 milhões na conta de importações, com estoques suficientes para cerca de seis meses de consumo.
A atualização do modelo GFS indica, para os próximos 10 dias no Brasil, acumulados intensos de até 200 mm em amplas áreas de MT, TO e GO, além de pontos de MA, MS e RS, com volumes leves a moderados no restante das regiões agrícolas, enquanto na Argentina predominam volumes leves, com maiores acumulados concentrados no norte de Santa Fé.