O USDA divulgou, na data de hoje, o relatório de Supply & Demand do mês de novembro, considerado baixista para o mercado, por conta do aumento dos estoques de milho, trigo e soja dos EUA, assim como, os estoques finais globais de milho também sofreram um aumento em 2,6 mi TM para 315 mi TM, dado que, se não sofrer nenhuma correção, representará uma máxima em 5 anos.
Nós, da Labhoro, acreditamos que, de qualquer maneira, os dados divulgados pelo USDA foram negativos. Porém, devemos observar que, de um modo geral, daqui em diante os players irão desprezar o relatório e apontar seu foco para o clima na América do Sul que, mesmo com previsões de secas e grandes chuvas ao sul, ainda é cedo para mensurar alguma quebra. Sazonalmente teremos picos de volatilidade daqui pra frente, porém ao que tudo indica, pelo menos por agora teremos uma boa safra na américa do sul.
Após a divulgação do relatório, o mercado agrícola em CBOT fechou em queda na sessão de hoje, com soja sendo o destaque do movimento, seguida por milho e trigo.
Para a soja, a NASS aumentou sua previsão de produtividade nos EUA para 49,9 bu/acre, em comparação com 49,6 anteriormente. A produção foi elevada em 25 mi bu e os estoques finais norte-americanos foram aumentados em 25 mi bu, totalizando 245 milhões de bushels.
Os estoques finais de milho dos EUA foram aumentados em 45 mi bu, totalizando 2,156 bi bu. A produção agora está estimada em 15,234 bi bu. O aumento no rendimento era amplamente esperado anteriormente pelo mercado.
Em relação a produção da América do Sul o órgão manteve as previsões de produção de soja 23/24 do Brasil em 163 mi TM e da Argentina em 48 mi TM. Para o milho 23/24 foi mantida a previsão de produção do Brasil em 129 mi TM e da Argentina em 55 mi TM. A previsão de produção de trigo 23/24 para o Brasil foi reduzida em 0,4 mi TM, para 9,4 mi TM, enquanto a da Argentina foi reduzida em 1,5 mi TM, para 15 mi TM.