Commodities agrícolas fecham mistas, com Soja em alta, Milho em leve baixa e Trigo em baixa.
Os futuros de Soja e Milho se fortaleceram com a alta das bolsas americanas, entretanto, as cotações do Milho não se sustentaram e retornaram a cair próximo ao fechamento do pregão.
A alta das bolsas americanas é justificada pela expectativa dos players em relação a uma possível desaceleração do aumento das taxas básicas de juros. A maioria do mercado aguarda uma alta de 0,75% na próxima reunião do FOMC, mas as opiniões seguem divididas em relação a decisão de Dezembro.
As cotações do Trigo permaneceram em baixa, com o mercado ainda buscando maiores notícias concretas em relação ao andamento da guerra na Ucrânia e também em relação a renovação do corredor de exportação do Mar Negro.
Os mercados agrícolas em CBOT apresentaram pouca volatilidade ao longo da semana, com a demanda chinesa mais fraca devido, principalmente, aos lockdowns parciais em várias cidades do país, mesmo com a margem de esmagamento na China se mantendo limitada e os estoques relativamente baixos de Soja e Farelo.
Do lado da oferta, os EUA ainda estão no processo de colheita e os problemas logísticos, advindos do baixo calado do Rio Mississippi, também reduzem a disponibilidade do produto nos portos. Na América do Sul as ofertas estão bem reduzidas, com os produtores brasileiros focando no plantio da nova safra e os argentinos mantendo a soja armazenada, aguardando por uma melhora no câmbio.
O La Niña continuará presente até Janeiro/23, conforme dados levantados hoje e que podem mudar na próxima semana evidentemente. No momento o fenômeno é classificado como fraco/moderado, porém pode piorar.