Commodities agrícolas fecham em baixa, com Soja inalterada e Milho/Trigo em baixa.
Os futuros de Trigo reverteram os ganhos da noite, com as continuas previsões de chuvas para a Argentina e a expectativa do mercado de que as vendas semanais de amanhã irão apresentar um interesse pelo grão americano. As previsões climáticas continuam indicando chuvas acima do normal para a Austrália, alimentando temores de redução da safra.
Na Ucrânia a situação continua tensa, com o êxodo de muitos diplomatas e a implementação de Lei Marcial, anunciada hoje por Putin, nas regiões anexadas pela Rússia. O mercado segue buscando novas notícias relacionadas a renovação ou não do acordo de exportação do Mar Negro.
Os futuros de Soja se mantiveram em baixa durante a maior parte do pregão, revertendo suas perdas pouco antes do fechamento e ajustando praticamente inalterados. A logística dos grãos americanos continua na pauta dos players, com os baixíssimos níveis do Rio Mississippi e crescente custo dos vagões ferroviários limitando as movimentações.
O adido do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do USDA, posicionado em Brasília, estimou ontem (18) a safra de Soja do Brasil em 148,5 mi tons, superior aos 144 estimados começo do ano. O relatório do FAS prevê as exportações da Soja 22/23 em 95,7 mi tons e o esmagamento é previsto em 50 mi tons.
Segundo o Ministério da Agricultura da Argentina os agricultores venderam 69,99% dos 44 mi tons da safra 21/22 de Soja, levemente acima do mesmo período no ano anterior (68,4%). Em relação ao Milho foram vendidos 68,9% da safra 21/22, superando os 64,8% do mesmo período da safra anterior, enquanto só foram vendidos 33,5% do Trigo safra 22/23.