Commodities agrícolas mistas, com Soja e Trigo ajustando em leve alta.
As cotações de Trigo seguiram firmes em alta ao longo do pregão, com os players receosos com a possibilidade de chuvas excessivas na Austrália ameaçando a safra de Trigo, bem como com a menor safra do grão na Argentina. O mercado também segue atento aos desdobramentos da guerra na Ucrânia, com o receio da não renovação do corredor de exportação do Mar Negro se mantendo presente.
As Inspeções de Exportação semanal do USDA trouxeram volumes maiores que o esperado para a Soja e abaixo do esperado para o Trigo, entretanto, pouco influenciaram nas cotações em CBOT.
O volume de esmagamento de Soja reportado pelo NOPA veio abaixo do esperado pelo mercado, entretanto, alguns analistas dizem que o relatório foi neutro, uma vez que historicamente o período de setembro possui baixa disponibilidade de suprimentos para a indústria.
O Crop Progress de hoje (17/10) indicou uma redução de 1% nas condições do Milho, ficando em 53%. As condições da Soja permaneceram estáveis em57%. A colheita do Milho já totaliza 45% da área plantada, frente aos 31% da semana da passada e expectativa do mercado de 41%. A colheita da Soja totaliza 63%, frente aos 44% da semana passada e expectativa do mercado de 60%.
O USDA divulgou hoje (17), os dados das inspeções de exportações semanais, referente ao período de 07 a 13/10. Os números seguem:
• 1,882 mi tons de Soja, estimativas do mercado de 550 mil a 1,275 mi tons;
• 448,42 mil tons de Milho, estimativas do mercado de 375 a 625 mil tons;
• 231,84 mil tons de Trigo, estimativas do mercado de 350 a 725 mil tons;
A National Oilseed Process Association divulgou hoje seu relatório de esmagamento de Soja, referente a Setembro. Segundo o órgão os EUA processaram 158,11 mi bu de Soja, abaixo das expectativas do mercado de 161,63 mi bu e abaixo do dado do mês anterior (165,54 mi bu). Os estoques de Óleo de Soja estão em 1,459 bi libras, segundo a associação, vindo abaixo da estimativa do mercado de 1,522 bi libras e atingindo o menor nível em 2 anos.
Em relação ao La Niña, os índices atualizados indicam que o fenômeno permanece moderado a forte em Novembro/Dezembro/Janeiro. As previsões são de chuvas mais abrangentes na região central e nordeste do Brasil, enquanto é indicado uma redução e aumento da irregularidade das chuvas no sul do MS e de SP, toda a região sul, bem como para o Paraguai e Argentina. Estas regiões ao sul da América do Sul também estarão sujeitas a novas frentes frias até o final do ano.