Commodities agrícolas em baixa em CBOT nesta manhã (21). O mercado continua monitorando as previsões para o Centro-Oeste dos EUA, onde o plantio vai começar devagar. Os traders permanecem ligados nas informações da China sobre o COVID que mostra alívio em algumas de suas restrições e também ficam atentos aos desdobramentos da guerra que continuam sem perspectivas de um ponto final. É provável de que a volatilidade permaneça no mercado de grãos com as surpresas do tempo no Corn Belt para os próximos dias.

O USDA divulgou a pouco os valores referentes as vendas semanais do período de 08/04 a 14/04. As vendas de Trigo safra 21/22 e milho 22/23 vieram abaixo das estimativas do mercado. Já a Soja da safra 22/23 veio acima das estimativas.

A bolsa de grãos de Rosário da Argentina elevou sua previsão para as safras de soja e milho 2021/22 do país na quinta-feira.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quarta-feira pelas gerências de Planejamento e de Comunicação da Emater/RS-Ascar, o índice elevou-se significativamente de 38% para 55% da área cultivada de soja. 34% estão me maturação, 10% em enchimento de grãos e apenas 1% restante em floração.

Os esmagadores de soja chineses desaceleraram as compras de grãos para entregas até agosto, uma vez que as margens fracas reduziram o apetite, disseram traders e analistas. A demanda reduzida pelo maior comprador de soja do mundo pode reduzir o apetite pelas importações, já previsto para cair em 2021/22 em quase 10% em relação ao ano anterior devido às baixas margens de produção de gado e preços elevados de soja.

Agricultores ucranianos plantaram 2,5 milhões de hectares da safra de primavera até agora em 2022, 20% da área esperada, disse o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira, acrescentando que áreas de intenso conflito podem sofrer uma queda de 70% da área semeada, mas espera que o país possa plantar até 60% da área total. O ministério acrescenta que a redução pode chegar de 30% a 40% nas regiões do norte, pois elas precisarão ser desminadas. A falta de grãos ucranianos nos mercados mundiais vem elevando os preços dos alimentos em todo o mundo.