Commodities agrícolas fecham mistas nesta tarde, com Soja em leve alta e Trigo em forte baixa. A guerra entre Rússia e Ucrânia continua sendo o principal foco dos players, com relatos de que os ataques se intensificaram na região separatista de Donbass. O clima norte-americano também está no radar dos brokers, devido às condições desfavoráveis no cinturão do milho e na região oeste das planícies.
Além das vendas extras anunciadas ontem, com destino à China, o mercado supõe que as vendas de 123,6 mil tons de soja, anunciadas hoje, também foram para o país, para suprir sua demanda de maio. Além disso, há rumores de que a China já está negociando soja para os meses de junho, julho e agosto.
A compra média do grão por mês da China é de 8 mi tons. Para o mês de maio, o mercado que as compras já cobrem 35% do que será adquirido no mês; para julho, está estimado uma cobertura de 25%; e para agosto, uma cobertura de 30%.
O DERAL atualizou hoje (19) a situação das lavouras do Paraná. Segundo o órgão 96% da área de Soja já foi colhida, um avanço de 2% em relação a semana passada, e a colheita da 1ª safra de Milho já alcançou 95%, um avanço de 3%. O plantio do milho safrinha já foi concluído.
Com o clima seco podendo persistir até o início de maio na região central do Brasil, produtores de milho estão ficando preocupados, pois poderá limitar o potencial produtivo do grão. A safrinha de milho continua estimada em 88,5 mi tons, recorde brasileiro.
Novas estimativas da ANEC colocam as exportações de Soja brasileira em Abril em 11,98 mi tons, uma leve redução em relação ao estimado na semana anterior de 12,023 mi tons.
Já nas próximas semanas, pouco mais de 20 navios deverão chegar ao Brasil carregando fertilizantes russos, com aproximadamente 680 mil tons do insumo.
Em comunicado publicado hoje, a FAO diz que no mínimo um terço das áreas agrícolas ucranianas não poderão ser cultivadas e/ou colhidas.
Atrasos no transporte terrestre na China começam a causar atrasos no trânsito marítimo devido ao acumulo de cargas nos armazéns em portos e regiões próximas, segundo a Centronave, grupo brasileiro de transportadoras.